A POESIA DAS FLORES

A POESIA DAS FLORES

Vejam o glamour das rosas,

As jovem meninas rainhas das flores;

Exalando amor por onde elas passam,

Cheias de graça, ornadas em amores. 

Vejam a perfeição das orquídeas,

Parecem damas de alta linhagem ;

Dizendo que a vida é bela,é suave,

E uma astronave em meio a miragens.

Vejam a timidez da violeta,

Menina mulher, a paixão que acende;

Alguns corações de enamorados,

Apaixonados que poucos entendem.

Vejam a pureza da margarida,

Linda mulher em um reino encantado;

Com o seu perfume que nos enfeitiça, 

Trazendo a preguiça do amor saciado.

Sintam o ardor do girassol,

Cavalheiro de paz, “Cavaleiro” de guerra;

Lutando por amores quase impossiveis,

Que vagam esquecidos na face da terra.

Sintam a luxúria do copo de leite,

Guerreiro profano enganando as donzelas;

Aquelas meninas, que encantam as cores,

Naquelas pinturas de mil aquarelas.

Sintam a doçura das açucenas,

Parecem fadas que encantam florestas;

Com suas magias, e tanta alegria,

Suaves meninas, inspirando serestas.

Sintam a simplicidade das flores do campo,

Estas são virgens a espera do amor;

O amor que o poeta escreve em seus prantos,

Encantos que falam de paz e calor.

Notem os ciúmes dos cravos,

Esses são velhos rabujentos;

Reclamando que a vida os esqueceu,

Reclamando que a vida passou como o vento.

Notem a admiração das Hortênsias;

São belas senhoras sonhando aventuras;

Exalando perfumes, exalando amores,

São deusas profanas em suas loucuras.

Notem a ternura das gardenias,

Parecem princesas num mundo irreal;

Rainhas parecem, me dobro a elas, 

Num sonho de cores passivo e imoral.

Notem afeto das camélia,

Mulhere florista em praça mostrando;

Que as flores encantam qualquer viajante, 

E assim sigo a vida, sorrindo e sonhando. 

Lembrem a loucura dos lírios, 

São jovens indecisos que querem amar;

Amar sem censura em suas procuras,

Depois acordam, pois mal sabem sonhar. 

Lembrem a candura das flores de liz,

Parecem meninas, parecem mulher;

Mas o destino me fala, o destino me diz,

Que elas pertence a quem as quizer.

Lembrem o encanto das azaleias, 

Estas são vulgares, serão meretrizes?

Quando entram no jogo do amor saciavel,

Exalando ciúmes, são deusas invenciveis.

Mas do miosotis quem lembrará?

Esta é uma menina sem experiência;

Além das montanhas e vales infindos, 

Onde o que é lindo e a sua inocência 

*J.L.Borges do Brasil 

Guaiba…12/2024