“A MENINA QUE ESCREVIA NA POEIRA”
Sua mão pincelava letras,
Nas estradas e calçadas;
Rabiscos de amor, saudade,
Mas que o vento levava.
Ela escrevia na poeira,
Do tempo, suas fantasias;
Memórias de outros tempos,
Tanta paz… e nostalgia.
Eram retratos poéticos,
Que sobre a poeira montava;
Tantos ladrilhos de estrelas,
E a noite suspirava…
Poemas de bons momentos,
Que o vento apagava;
E soprava em forma de versos,
...E a menina sonhava.
Nas entrelinhas dos sonhos,
Tornaram-se luzes então;
A viajar no universo,
No limiar da emoção.
Hoje lá estão seus versos,
Ou serão constelações?
Tal qual estrelas, impressos,
Brilhando na imensidão.
*JORGE LUIS BORGES
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