O RAPAZ E O PISTOLEIRO
Esta história aconteceu, não sei bem se foi lá pelas bandas do Sutil ou de Amaral Ferrador,talvez no finaldo dis anos 20,do século passado.
Naquelas bandas tinha um sujeito mui mal afamado, era um mulato de quase dois metros de altura, com muitas mortes nas costas,um sujeito mau mesmo, o terror dos colonos alemães daquela região; não existia roçado que ele na mão grande não tirava dos colonos a maior parte da colheita, ou então suas galinhas ou porcos.
Certo dia numa venda ele se desentendeu com um rapaz que vivia por lá,um bom rapaz pelo que falaram; parecia que tinha ficado por isso mesmo, mas nada disso, o tal sujeito andava falando pelas vendas do lugar que iria arrancar o chapéu do rapaz a bala.
O rapaz acabou sabendo desta ameaça do temívelvalentão. .
Certo dia o tal rapaz estava
atravessando a cavalo uma sanga, juntamente com seu cunhado, um rapazote que lhe acompanhava neste dia, e não é que ele dá de frente com o tal sujeito, uma breve conversa entre os dois, e o rapaz lhe fala sobre a conversa dele de arrancar o seu chapéu a bala, o sujeito confirma e puxa de sua pistola sem aviso algum.
O rapazote que com ele estava com seu cunhado ,ao ver o gesto do bandoleiro puxa seu cavalo para o lado e sai em debandada; e nisso um disparo,um tiro só, e ele nem olha para trás e, toc toc toc, era o seu coração em disparada, e ele galopando cada vez mais rápido, achando que era o sujeito que depois de balear o seu primo,que estava atrás dele.
Ela foge apressadamente e chega em uma venda perto dali, fica escondido a espera de alguma notícia, e para sua surpresa vê ao longe seu cunhado, e um cavalo sendo puxado por ele e o corpo sem vida do tal sujeito em cima do seu proprio cavalo.
É assim a vida,gente metida a valente geralmente acaba se dando mal, está é a lei do repique…
*Jorge Luis Borges
Guaiba Rs Brasil
03/2024
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