O SAPO
O velho sapo coaxa,
Tão perto do lago;
Mas não vê o lago,
E nem o seu amor,
E triste ele coaxa.
Logo ele que,
Coaxa na sua solidão,
Não vê as coisas exuberantes,
Que estão a espera de serem percebidas,
Vistas na floresta.
E o sapo coaxa apenas,
Sem se dar conta,
Que ele é apenas um solitário a cantar,
E a suspirar pela sua amada.
Sim, cantar e suspirar solitariamente,
A espera da volta de sua amada,
Sem se dar conta que o lago está ali,
E dentro dele está a sua amada.
*J.L.BORGES
Guaiba,Maio de 2023
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