SONHOS
Se durmo sinto os açoites,
De meus sonhos a brincar com a sorte;
Então mal durmo com a noite,
Pois temo ofender a morte.
Meus pesadelos são vidas,
Cavando em vão o sustento;
Suspiros, mãos doloridas,
Meus sonhos jogados ao vento.
Vento que fala de morte,
Em meus ouvidos a cantar,
Para meu eu distraido.
Distraido brinco com à sorte,
A morte? Mero castigo,
Nas noites de meu sonhar.
*JORGE LUIS BORGES
2020/12
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