MAIO EM DÓ MAIOR
Maio magro de cores,
Escasso de frutos e flores;
Maio que não reluz,
Não seduz nestes meus versos.
Maio de vidas sem prosa,
Sem proeza e sem lembrança;
Suspenso em um universo,
De sonhos sem esperança.
Maio de luto e de lôdo,
Sem ternura e sem doçura;
Tento me encaixar num todo,
Águas da minha loucura.
Maio que nunca termina,
Sua sina em dó maior;
Maio de tolos desmaios,
Onde o ontem foi bem pior.
*Jorge Luis Borges
Guaiba…05/2025
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