DE ALMA E CORAÇÃO
Costela gorda, chimarrão e prenda,
São bons momentos e meus vicios são;
Espero que tu me entendas,
Pois sou gaúcho de alma e coração.
Nas manhãs campeiras cevo o bom mate,
E com minha chinoca mateio e prozeio,
Me preparando para a boa lida;
Tosa das ovelhas,domar um refomão.
E na chegada dos meus meio dia,
Um carreteiro apimentado,gaita e violão;
Estes são meus vicios, espero que compreendas,
Pois sou gaúcho de alma e coração.
Depois da lida chega nos fins de tarde,
Os vaga-lumes acendem os lampião,
Uma boa prosa com a peonada,
Que descansam em pelegos dentro do galpão.
Um copo de canha pra clarear as vistas
Não fique falando, não reparem não;
São bons momentos e meus simples vicios,
Pois sou gaúcho de alma e coração.
E quando chega o domingo junto a peonada,
Eu e a amada, e meu cusco bão,
Nos encontramos ao clarear do dia
Um trago de canha, um bom chimarrão.
Nossas muié proseando faceiritas,
Enquanto os piá acendem o carvão,
Este ritual de assar costela gorda,
Não reparem, pois não troco não.
Esses momentos e instantes lindos
De jeito algum eu não largo não;
Não reparem os vicios gente da cidade,
Deste gaúcho de alma e coração.
*Jorge Luis Borges
Guaiba…05/2025
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