CACOS
Meus tatos, minhas taças,
Minha graça, infartos;
Tantos atos que não mais faço,
Eu me desfaço sem meus contatos.
Meus gatos, ratos, meus medos,
Meus segredos e meus tratos;
Que não disfarço e me desfaço,
Se não abraço os teus abraços
Meus contratos, minhas traças,
Minhas tranças e meus fatos;
Meus distratos, e ranços,
Sou martelo, flagelo, sou taco.
Sem meus degredos me achego,
Em meus novelos me enredo ;
Meu aconchego? o teu ninho,
Onde me enlinho pois sou daninho.
*Jorge Luis Borges do Brasil
Guaiba,Novembro de 2024
Gênero: Poesia Simbolista
Estilo: Metafórico, Introspectivo
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