quarta-feira, 29 de março de 2023

FIM DE TARDE

“FIM DE TARDE”


Vento que sopra e me arrepia,

Na longa estrada, torta e fria,

Ladrilhos expostos pelas calçadas,

Onde o jardim de defloradas,

Alegram os olhos do viajante.

Em curtos rompantes,

Vida cansada.


Chuvas que caem a todo o instante,

Formando rios escandalosos,

Paixões gulosas num oceano,

De desenganos que a vida trás.

E isso faz meus desenganos,

Dizerem em coro,

Oh!,nunca mais!


Enquanto isso longe navega,

Aqueles sonhos frágeis e singelos,

Que cortam o peito, rasgam e ardem,

Num fim de tarde,

Tão triste e belo;

Este flagelo,

Que  em mim arde 


A noite chega, lenta e estranha,

Enquanto alguns estão no fim,

De suas jornadas e outros começam;

Milhões de estrelas riscam o céu,

Depois morrem entre as montanhas,

Loucas,irreverentes e estranhas,

Que o destino joga ao Léo.

                                               

*J.L.BORGES

Guaíba…03/2023


Nenhum comentário:

Postar um comentário