sábado, 27 de agosto de 2022

O SEMEADOR

O SEMEADOR


Nasci em cinquenta e seis,

Como toda a criança chorando;

Uma, duas, talves três,

E por vezes soluçando.


Mas depois de algum tempo,

Enjoei de tanto chorar;

Ao ouvir a voz do vento,

Então me pus a cantar.


Cresci com tios e avós,

Foram alegres meus dias;

Mas como não tinha voz,

Resolvi escrever poesias.


Em meu apogeu, de mil maneiras,

Tentei livros, não consegui;

Lamentar a vida inteira?

Pra quê? Hoje estou aqui.


Espalhando os meus versos,

Tal qual luzes de vitrais;

Os semeando no universo,

Pelas redes virtuais.


Foi a maneira que achei,

De semear minhas poesias,

Pois livros não publiquei,

Talvez quem sabe um dia…


Assim deixei de ser tristonho,

E me tornei um homem feliz;

Escrevendo e semeando

sonhos,

Nas poesias que fiz.


*Jorge luis Borges

Guaíba…08/2022


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