O SEMEADOR
Nasci em cinquenta e seis,
Como toda a criança chorando;
Uma, duas, talves três,
E por vezes soluçando.
Mas depois de algum tempo,
Enjoei de tanto chorar;
Ao ouvir a voz do vento,
Então me pus a cantar.
Cresci com tios e avós,
Foram alegres meus dias;
Mas como não tinha voz,
Resolvi escrever poesias.
Em meu apogeu, de mil maneiras,
Tentei livros, não consegui;
Lamentar a vida inteira?
Pra quê? Hoje estou aqui.
Espalhando os meus versos,
Tal qual luzes de vitrais;
Os semeando no universo,
Pelas redes virtuais.
Foi a maneira que achei,
De semear minhas poesias,
Pois livros não publiquei,
Talvez quem sabe um dia…
Assim deixei de ser tristonho,
E me tornei um homem feliz;
Escrevendo e semeando
sonhos,
Nas poesias que fiz.
*Jorge luis Borges
Guaíba…08/2022
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