CHUVA NA NOITE
Da minha janela eu pinto a noite,
A luz de vela e de lampião;
Fujo depressa deixando as águas,
Secando as mágoas do coração.
É tanta chuva molhando joelhos,
Ombros… artelhos… o corpo todo;
Os meus novelos de sonhos fio,
E desconfio destes meus lôdos.
Pareço um lobo dentro da noite,
Uivando a ela que não tem lua;
Noite sem pressa, não vai embora,
Chuva não cessa e continua.
Vem na lembrança os dias belos,
Sem o flagelo, desesperanças;
Sei que esta chuva um dia passa,
Nesta vidraça pinto esperanças.
*J.L Borges do Brasil
Guaiba…01/2025
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