A MOÇA E O MARINHEIRO
As tulipas abriram suas flores,
As janelas de par em par;
A moça suspirou amores,
O marinheiro no mar.
As pás de moinhos rangeram,
Ao som do vento do norte;
Os marinheiros correram,
Tentaram fugir da morte.
E a moça lá na janela,
Admirava as tulipas;
Sorriso na face dela,
Desesperança esquisita.
E o marinheiro distante,
Contornou a tempestade;
Trovões a todo instante,
Naquele final de tarde.
*Jorge Luis Borges
Guaiba (Rs) Brasil
(01/2022)
Nenhum comentário:
Postar um comentário