quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

A MOÇA E O MARINHEIRO

A MOÇA E O MARINHEIRO


As tulipas abriram suas flores,

As janelas de par em par;

A moça suspirou amores,

O marinheiro no mar.


As pás de moinhos rangeram,

Ao som do vento do norte;

Os marinheiros correram,

Tentaram fugir da morte.


E a moça lá na janela,

Admirava as tulipas;

Sorriso na face dela,

Desesperança esquisita.


E o marinheiro distante,

Contornou a tempestade;

Trovões a todo instante,

Naquele final de tarde.


*Jorge Luis Borges

Guaiba (Rs) Brasil

     (01/2022)




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