A TRISTE HISTÓRIA DO SACO DE LIXO REJEITADO.
Estava eu hoje em um determinado bairro de minha cidade, e uma cena que para muitos e corriqueira e banal me chamou a atenção; um caminhão de uma c empresa recolhedora de lixo, até aí tudo bem.
O motorista naquele arranca, para, arranca; enquanto uns quatros incansáveis garis iam recolhendo o lixo acululado nas lixeiras a beira rua, o caminhão parava, eles jogavam sacos de lixo no caminhão,daí o mesmo arrancava, e assim por diante, poderia passar despercebido a minha pessoa que testemunha ocularmente este fato corriqueiro se não fosse o fato de, em cada três sacos de lixo a serem jogados,um saco caia fora do caminhão e lá ficava, a espera de alguém para recolhe-lo, acolhê-lo, e delicadamente coloca-lo na caçamba do tal caminhão que era o lugar adequado, e aí o saco seguiria sua jornada final que seria no paraíso do resíduos de lixo.
Mas não, lá ficava o saco inerte transformando a rua que antes do caminhão passar estava limpa num matadouro de lixo.
Como é que os doutores da limpeza de nossa cidade cometem este sacrilégio e deixam os pobres saquinhos de lixo ao Deus dará em nossa cidade? Que ato malévolo este, pois podam os saquinhos de lixo de passarem sua eternidade no paraíso dos lixões a céu aberto de toda a cidade brasileira que se preze.
Jorge Luis Borges
Guaiba Rs Brasil
04/2024
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