NOIVA EM FUGA
Fazia muito tempo mesmo que eu não ia a Camaquã, porém a firma em que eu trabalhava me incumbiu de fazer uma cobrança la, dizendo que eu ser desta cidade, etc e tal; seria facil encontrar o tal devedor, eu não estava muito afim, mas fazer, oque a missão era minha.
Chegando lá abasteci meu carro e rumei as cegas para o tal endereço, não usei o waser pois meu celular estava sem carga eu sabia que a tal firma ficava nas esquinas das rua Mexico com a Cap.Jango Castro, e assim meio a esmo segui ao local de destino.
Andei um certo tempo e obtendo informacões fui chegando a este endereço, estava próxima e vi uma moça saindo rapidamente de uma casa, e um homem a seguindo,ela chegou a mim, e homem então cessou a perseguição.
Quando a mim ela chegou lhe perguntei sobre este cansável endereço que ainda não tinha encontrado, e ela prontamente diz me levar lá, embarcou em meu carro e rodamos umas quadras e ela me dá a real, estava fugindo daquela casa, pois aquele homem que a perseguiu estava juntamente com a sua mulher a explorando com trabalhos domésticos análogo a escravidão.
Eu lhe propus em irmos a delegacia denunciar o homem, ela preferia que se eu pudesse a levasse a Porto Alegre, era lá que ela vivia, e o motivo de sua fuga para Camaquã era que não estava querendo contrair matrimônio com um fulano de tal, mas que agora amargamente arrependida queria reatar com o mesmo.
Concordei com a moça mas por vias de dúvida, quando encontrássemos o encantado endereço era para ela falar caso perguntassem, que era minha sobrinha para evitar comentários maldosos.
Antes que eu me esqueça, custou uma pouco mas encontrei o tal endereço, e recebi a tal dívida.
E a moça? Larguei-a suavemente nos braços de seu amado e acabei sendo padrinho do tal casamento.
*Jorge Luis Borges
Guaiba…09/2023