O INVERNO DA NOSSA DESESPERANÇA
Ando triste, muito triste ultimamente,
Perdendo a crença por meu semelhante;
Não nego que sinto a todo instante,
Esta miséria que chega repentinamente.
A mesa esta vazia pois falta alimento,
Não tem pão nem leite, nem mesmo feijão;
Oh! Gente sofrida e o pobre irmão,
Nesta rica sociedade é apenas escremento.
É esta infelismente a amarga realidade,
Os ricos mais ricos e os pobres paupérrimos;
Que vida infeliz! Parece o inferno,
Inverno maldito nesta sociedade.
Não tenho paciência nem mesmo esperança,
Apenas lembrança de um tempo melhor;
E agora o presente nos torna pior,
Minha vida é um mar de desesperança.
*J.L.Borges Rodrigues
Guaíba 2021/07