A CASA VERDE
No silencio das manhãs prateadas,
O cantar dos pássaros é o melhor;
E tu donzela, espias da janela,
A verde primavera em dó maior.
Insetos ensaiam danças nas verdes gramas,
Jogam sementes de paz nos jardins;
E tu pacientemente acolhe os frágeis seres,
Gnomos e duendes e verdes querubins.
Cândidas melodias nascem todo o dia,
Nascem toda a tarde, toda a noite enfim;
Jovens namorados, mãos entrelaçadas,
Flutuando em sonhos de néctar de jasmins.
E a casa espia tanto sonho lindo,
Em suspiro dorme quando foge o dia;
Sempre é primavera nesta bela casa,
Verde da inocência em jovem harmonia.
*J.L.BORGES
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