PESSOA
Lá vai a pessoa na rua deserta,
Caminhos profundos não a trazem de volta;
Lá vai a pessoa na rua aberta,
Por sulcos profundos calçadas mal tortas.
Lá vai a pessoa na rua serpente,
Correndo sem medo e sem pressa também;
Pensando suave em gestos ardentes,
Em beijos molhados dados em alguém.
Lá vai a pessoa na rua calada,
Sem destino certo caminha a pessoa;
Como um pássaro tímido saúda a alvorada,
E em seu coração a esperança ressoa.
Lá vai a pessoa e não olha para trás,
Não pensa e não sabe que está flutuando;
Caminha sem pressa para sem nunca mais,
Seus passos pequenos são anjos sonhando.
Lá vai a pessoa dando seu adeus,
Seu ultimo aroma perdeu-se ao vento
Lá vai a pessoa levando o que é seu,
Levando o passado e deixando o momento.
*J.L.BORGES
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