VIAJANTE DA NOITE
Serão estrelas estas partículas que levitam,
Neste universo irreal da eloqüência;
Ou serão pó de estrelas estas partículas que me agitam,
E fazem meu coração pulsar em evidencia?
Profundo silencio toma conta deste caos,
Depois que a tempestade foi embora;
E sinto no sorriso dos homens maus,
Esta paz que chega opaca e vai embora.
Sem temer a negra noite saio as ruas,
A procura de uma placa a contra mão;
Olho os olhos da mundana e vejo a lua,
Toda nua na maior contemplação.
No barulho efervescente destes bares,
Estes templos, milenares catedrais;
Frágeis homens e mulheres tão vulgares,
Sorvendo e aspirando a louca paz.
*J.L.BORGES
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