O VENTO
O vento frio bate a minha porta,
Trás noticias de um outro lugar;
A onde a vontade deixava ficar,
A eternidade que vem e conforta.
Na palma da mão o vento me toca,
Tonturas provoca, provoca miragens;
E nesta procura em vejo mensagens,
Escritas no céu, gravadas nas portas.
São sonhos diversos na vida da gente,
Amores dispersos, perdidos no ar;
Numa forma plausível, inversa e tangente,
Deixando a saudade sorrir e ficar.
E o vento que bate minha porta,
Me diz que a saudade é vontade de estar;
Me fere, me beija, me alisa e provoca,
E diz ser a brisa da ânsia de amar.
*J.L.BORGES
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