PÔR DO SOL
Sem ter nada pra fazer,
Encher meu dia sombrio;
Me perco a beira do rio,
Esperando o sol morrer.
E o sol morre mansamente,
Nas águas morosas daqui;
Borrando de desenhos o Jacuí,
Deixando esta tarde ardente.
E como esta tarde arde;
Dá vontade de namorar;
Os brancos barcos a navegar,
Alem desta rubra tarde.
Lá vai a branca gaivota,
Lá vai o sol, lá vem a lua,
Trazendo as estrelas nuas,
No seu infinito jota.
Como é bom o pôr do sol,
Vir aqui todos os dias;
Visitar com sua magia,
A moça e seu rouxinol.
Eu queria estar alem,
Do sul para ver Porto Alegre;
Molhada, suave e leve,
Eu queria o sol também.
*J.L.BORGES
Nenhum comentário:
Postar um comentário