HOMENS VAZIOS
No bar repleto de homens vazios,
Eu me esvazio bebendo esta água;
Ardente que me deixa saturno e sombrio,
Inundando este peito com tristeza e magoas.
No bar repleto de homens vazios,
A noite chega e eu não consigo dormir;
A realidade e a saudade estão por um fio,
De faca afiada que ficou a ferir.
Neste bar repleto eu me sinto tão tonto,
E os homens vazios me cercam com risos;
Derepente me vem tua imagem como por encanto,
Olhando para mim como a dizer, é preciso.
É preciso sair daqui e te encontrar,
Numa rua deserta sem homens, sem nada;
É preciso eu sair pra te amar e buscar,
O que sobrou desta vida, tão rubra alvorada.
*J.L.BORGES
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