QUATRO PAREDES
Hoje sinto-me tão só,
Tenho a alma amargurada;
Olho a meu redor,
Só vejo solidão.
Quatro paredes que me olham,
Quatro paredes que me asflixiam;
Quatro paredes que me prendem,
Quatro paredes que me matam.
Quatro são as velas,
Que iluminarão meu caixão;
Quatro serão os amigos,
Que me levarão.
Os outros me acompanharão,
Sentindo dor ou não;
O fato é que me levarão,
Para a eterna escuridão.
Quatro paredes encerrarão finalmente,
Os sofrimentos, as amarguras;
Que para sempre lá ficarão,
Encerrados novamente na solidão.
*J.L.BORGES
Camaquã.1977
Camaquã.1977
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